segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

- frio.

As minhas mãos estão congeladas tal como os meus pensamentos. Ainda sinto as tuas mãos quentes nas minhas num gesto tímido mas carinhoso, relembro o dia em que estiveste onde estou hoje e pergunto-me se ai sentias algo por mim. Cada vez que fecho os olhos para descansar no caminho são os teus olhos e a sua linda cor que vejo, lembro-me como somos desajeitados juntos, como ficamos distantes e ao mesmo tempo próximos, como sonhei com algo que não aconteceu mas que eu podia ter incitado a acontecer. Tudo isto e ao mesmo tempo nada disto, tudo isto aconteceu mas nada disto se voltará a repetir. A vida muda tanto em tão pouco tempo e a cada mudança que surge as consequências chegam atrasadas. Não sei mais o que fazer, a força é pouca, o sol está a desaparecer e as nuvens começam a cobrir o céu de um cinza carregado, os pensamentos ficam turvos e entrego-me ao sono, em alguma parte vais sempre aparecer tu, porque agora tudo gira sobre ti, mas como tudo: nada dura para sempre e acredita só tu não vês o que estás a perder, posso não ser perfeita, no entanto ninguém o é, e se esperas muito o comboio parte sem ti, és tu que não queres estar comigo, és tu que não falas do que se passa na tua mente, és tu que me ignoras, és tu que não te esforças enquanto eu tento dar o melhor de mim. Agora o frio propagou-se, já não são só as mãos que estão frias, eu estou fria, eu vou deixar de me importar, eu vou deixar de sentir o que seja por ti, eu vou esquecer e tu não queres saber de nada disto, mas só eu sei o quanto gosto de ti e não consigo provar-te. Espero que um dia encontres alguém que te ame como eu te amo e que sintas o mesmo por ela, sem medos, sem indecisões e que sejam felizes como eu queria que nós fôssemos.

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