quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

- montanha-russa.

tonta, cansada, estas voltas e voltas da vida deixam-me farta, já não sei o que esperar do dia de amanhã, tão depressa está tudo certo como no dia seguinte tenho os pés no tecto. estou baralhada, os dias voam, os problemas acumulam-se e formam uma avalanche atrás de mim, por mais que corra está cada vez mais perto, estou sem forças. passei de forte a fraca num nano-segundo. parte de mim quer ficar sozinha, outra tem demasiadas saudades tuas. o mundo dá voltas e voltas e volta tudo ao mesmo, doí-me a cabeça de tanto pensar e repensar o que fiz ou o que irei fazer, já não aguento. um sufoco, falta-me o ar... esta montanha-russa até passagens subaquáticas tem, sustenho a respiração ao máximo e mesmo assim afogo-me um pouco nas minha dores. já ninguém aguenta com isto, só queria que parasse, que houvesse um botão de pausa,  queria um momento para mim, longe de tudo e de todos, um bocado de paz, um bocado meu. calma... respiro fundo, cheguei à superfície, menos um problema. por momentos tenho vontade de rir, rir até não poder mais, e até isso é estranho, acho que me esqueci o quão bom era rir, estava tudo óptimo até ter frio, um frio enorme, um vazio ainda maior, estou a tremer, não sei mais como resolver isto, vai haver sempre algo pendente, há sempre mais um problema, mais alguma coisa a deitar-te abaixo. e a montanha-russa continua, chega ao equilíbrio, «está tudo bem» penso eu desta vez, amanhã já sei que a descida vai ser agressiva, e a subida ainda pior, mas já não posso impedir, já não espero nada de bom, nem de mau, prefiro não esperar nada e se tiver de cair, caiu do cimo de tudo, porque de outra forma não seria a minha vida.

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